Quem é a Giu Blue?



Quando eu era mais nova me lembro bem que amava escrever e uma coisa que sempre quis foi mostrar a minha escrita para outras pessoas. Meu único problema era: meu nome. Eu também lia muito, e a maioria dos meus livros preferidos, tinha como autores pessoas com nomes fantásticos como, Rick Riordan, C.S Lewis, Paula Pimenta, Cecília Meireles... Eram nomes que impactavam e te deixava flutuante só de ouvir.
   Eu não conseguia me acostumar com a ideia de que "Giulia Pereira Santos" podia ser um nome legal e bonito, e que alguém ao ver isso na capa de algum livro pudesse se encantar da mesma forma que eu me encantava por meus escritores prediletos.
   Na época, deitei na cama da minha mãe e começamos a discutir sobre qual seria a melhor decisão.  Precisava ser algo diferente, algo original. Tentamos combinar meu apelido com tudo, até ela dar a ideia do "Giu Blue", e eu disse: 'Mãe, eu odeio azul' e ela disse: 'Mas combina contigo, você gostando ou não'.
   Deixei de gostar de azul quando comecei a estudar a 3ª série, já que a partir de então, precisei passar mais da metade do dia rodeada dessa cor. Isso mudou com o decorrer do tempo, já que no ensino médio eu passei a ser cercada  dele o dia inteiro. 
   Hoje eu entendo perfeitamente o que minha mãe disse naquele dia. Giulia ou Giu, Pereira ou Blue. Não faz diferença, é apenas uma questão de estética. Sou ambas. Não importa se eu não gosto ou se eu gosto, faz parte de mim e não há nada que eu possa fazer para mudar, a não ser aceitar.
    Aprendi a gostar do meu nome, mas também não deixei de manter o que escolhi por perto. Aceito a "Giulia Pereira Santos" fácil, fácil quando tem algum trabalho para ser apresentado, para assinar um documento ou para ser chamada em uma sala de espera, seja ela para fazer um exame médico ou para fazer uma prova que mude minha vida. Gosto dessa eu, para a vida real. Todavia quando se trata do assunto imaginação, pensamentos e coisas que saíram da minha mente... É por Giu Blue que prefiro ser chamada.  

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